Rayana: Eu não tenho nenhuma religião específica, mas me conecto com coisas boas e maiores. Eu diria que tenho a minha religião. Para mim, religião é uma fé maior, crença maior. Tenho isso em mim.

"O que pode adiantar sobre Adira?"

Rayana: As características principais dela são a calma, a bondade, a serenidade. Ela traz luz para o ambiente. Eu acho que, no aspecto de assumir responsabilidade desde cedo, eu me pareço com ela. Ela, junto com Zípora, cuidou das irmãs desde muito cedo, quando a mãe morreu no parto da última das sete filhas. Não que tivesse isso na minha vida, mas sempre me cobrei muito e fui muito responsável diante da vida.

"O que esse personagem tem de especial na carreira?"

Rayana: Acho que o desafio de retratar uma época sobre a qual se sabe muito pouco. A gente teve aula com historiadores, e as nossas próprias pesquisas não tinham muita informação. Fica ali para a criatividade, no imaginário, dentro de um lugar de respeito, escolher quais são os limites.

"O que sente vontade de fazer?"

Rayana: Eu tenho vontade de começar a pegar trabalhos pouco mais próximos da minha idade. Eu estou fazendo sempre personagens jovens. A minha vontade é fazer algo perto do meu universo, alguém mais maduro ou interpretar uma nordestina. Já fiz uma nordestina em Água na boca (Band), mas que tinha vergonha de ser de lá. Sinto vontade de fazer uma bem diferente do que já fiz. Eu quero ser uma nordestina que escancare. Porque acho que ia ser natural. Eu tenho referências de muita gente bacana, que queria colocar todas num só personagem. O próprio dialeto local, eu acho muito rico. Tenho fascínio por isso.

"Além de novelas, pensa em atuar em outras áreas?"

Rayana:Penso muito em atuar em séries de tevê. Esse é um dos meus grandes desejos. Gosto das linguagens das séries e do produto final. A novela tem essa coisa de “cansar com barriga”, e a série foge disso um pouco. A história tem começo meio e fim e está mais amarrada.